Exploração de vigilantes: Direitos ignorados

Vigilante: Não Aceitem Propostas Abusivas

A rotina do vigilante na escala 12x36 já é desafiadora, exigindo atenção constante e responsabilidade. No entanto, uma prática preocupante tem se tornado mais comum e merece a atenção de toda a categoria. A oferta de um segundo turno de trabalho noturno, logo após o diurno, com condições salariais e de benefícios precárias.

Se você, vigilante, tem sido abordado com uma proposta para trabalhar mais 12 horas noturnas por um valor fixo de R$ 1.500,00, sem vale-transporte, vale-alimentação e adicional noturno, este artigo é para você.

Essa prática configura uma grave violação dos seus direitos trabalhistas e representa uma desvalorização da sua importante função. Imagine a exaustão física e mental de trabalhar 12 horas durante o dia e, emendar, sem o devido descanso, com mais 12 horas noturnas.

Essa jornada extenuante coloca em risco não apenas a sua saúde e bem-estar, mas também a segurança do patrimônio que você está zelando.

Considerando que o vigilante recebi regularmente os benefícios de vale-transporte e vale-alimentação, adicional periculosidade 30% e salario de acordo com a categoria durante o seu turno diurno, e não havendo justificativa plausível para a supressão desses direitos durante o segundo turno noturno

A prática de exigir que o vigilante, após cumprir uma jornada de 12 horas diurnas na escala 12x36, trabalhe mais 12 horas noturnas com condições inferiores (salário fixo baixo, sem vale-transporte, sem vale-alimentação e sem adicional noturno) levanta diversas questões legais que podem ser contestadas judicialmente.

O valor mensal fixos de R$ 1.500,00 de trabalho noturno, desprovido de benefícios básicos como vale-transporte e vale-alimentação, e principalmente sem o adicional noturno, é um claro indicativo de exploração. O adicional noturno é um direito garantido por lei a todo trabalhador que exerce suas atividades entre as 22h e as 5h. Tem empresas de segurança privada pagam ate menos

Ele representa uma compensação pelo desgaste adicional e pelos riscos inerentes ao trabalho noturno. A ausência desse direito, somada à falta dos demais benefícios, reduz drasticamente o seu poder de compra e desvaloriza o seu trabalho.

É fundamental entender que, mesmo que a proposta pareça uma oportunidade de complementar a renda em um primeiro momento, a longo prazo, ela traz prejuízos significativos para a sua qualidade de vida e para a sua saúde.

Além da exaustão, a falta de descanso adequado pode levar a problemas de saúde física e mental, aumentando o risco de acidentes e diminuindo a sua capacidade de desempenhar suas funções com segurança e eficiência.

Seus direitos estão sendo ignorados.

legislação trabalhista e as convenções coletivas da categoria existem para proteger os direitos dos trabalhadores, incluindo os vigilantes. A imposição de um segundo turno noturno nessas condições desrespeita esses direitos e busca apenas maximizar o lucro em detrimento do bem-estar do trabalhador.

O Que você deve fazer:

  1. Informe-se: Busque informações sobre seus direitos trabalhistas junto ao sindicato da sua categoria e em fontes confiáveis. Conhecer seus direitos é o primeiro passo para se proteger contra a exploração.
  2. Não aceite a proposta: Recuse categoricamente essa oferta de trabalho. Sua recusa é uma forma de mostrar que a categoria não se submete a condições de trabalho degradantes.
  3. Denuncie: Leve essa situação ao conhecimento do sindicato da sua categoria. O sindicato tem o papel de defender os interesses dos trabalhadores e pode tomar as medidas legais cabíveis. Denuncie também aos órgãos fiscalizadores do trabalho.
  4. Converse com seus colegas: Compartilhe essa informação com outros vigilantes. A união da categoria é fundamental para combater práticas abusivas.
  5. Procure orientação legal: Se você já está trabalhando nessas condições, procure um advogado trabalhista para analisar o seu caso e buscar a reparação dos seus direitos na Justiça.

conclusão

Se você, vigilante, está nessa situação ou conhece alguém que esteja, a orientação é buscar imediatamente o auxílio do sindicato da categoria e/ou de um advogado trabalhista. Eles poderão analisar o caso concreto, verificar a legislação e a convenção coletiva aplicáveis, e orientar sobre as medidas judiciais cabíveis para buscar a reparação dos direitos violados.

Lembre-se que a exploração do trabalho é ilegal e você tem o direito de lutar por condições justas e dignas

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